sexta-feira, 23 de março de 2012

ABATE HUMANITÁRIO



O abate humanitário é um conjunto de procedimentos técnicos e científicos que garantem o bem estar dos animais desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico.

Procedimentos 

O manejo pré-abate inadequado compromete o bem estar animal e a qualidade das carcaças. Os procedimentos que envolvem o transporte por si próprios já representam situação de extremo estresse ao gado. O comportamento dos peões no momento do embarque é um fator importante, gritos só contribuem para agravar o nervosismo, aumentando a possibilidade de contusão. Outros fatores como a densidade da carga no caminhão, as condições de conservação das estradas e o uso de choques na condução dos animais são fundamentais.
A construção, as instalações e os equipamentos dos estabelecimentos de abate, bem como o seu funcionamento, devem poupar os animais de qualquer excitação, dor ou sofrimento.

Os estabelecimentos de abate devem dispor de instalações e equipamentos apropriados ao desembarque dos animais dos meios de transporte.Os animais devem ser descarregados o mais rapidamente possível após a chegada. A recepção deve assegurar que os animais não sejam acuados, excitados ou maltratados e devem ser movimentados com cuidado. Os animais acidentados ou em estado de sofrimento durante o transporte ou a chegada no estabelecimento de abate devem ser submetidos à matança de emergência. Para tal, os animais não devem ser arrastados e sim transportados para o local do abate de emergência por meio apropriado. Os animais mantidos nos currais ou pocilgas devem ter livre acesso à água limpa e abundante e, se mantidos mais de 24 horas, devem ser alimentados.

A insensibilização do animal deve ocorrer imediatamente após sua introdução no box de atordoamento.

Os métodos para insensibilização para o abate humanitário dos animais classificam-se em:

- método mecânico – percussivo penetrativo, percussivo não penetrativo;
- método elétrico – eletronarcose;
- método da exposição à atmosfera modificada – gás dióxido de carbono;

A operação de sangria deve ser iniciada logo após a insensibilização do animal, de modo a provocar um rápido, profuso e mais completo possível escoamento do sangue, antes que o animal recupere a sensibilidade. A operação de sangria é realizada pela secção dos grandes vasos do pescoço, no máximo 1 minuto após a insensibilização.Após a secção dos grandes vasos, não serão permitidas, na calha de sangria, operações que envolvam mutilações, até que o sangue escoe ao máximo possível, tolerando-se a estimulação elétrica com o objetivo de acelerar as modificações “post-mortem”.




 Monitoramento e Verificação do processo

Cabe ao estabelecimento realizar pelo menos uma vez ao dia, o monitoramento do processo de insensibilização e sangria. A verificação do processo deve ser feita pela Inspeção Federal junto ao estabelecimento, observando aleatoriamente as operações de insensibilização e sangria e inspeção dos equipamentos respectivos. Deve ser efetuada uma revisão dos registros de monitoramento e compará-los com o resultado da verificação do SIF.


Bibliografias consultadas




    - Roça, R.O. Abate humanitário de bovinos. I Conferência Virtual Global sobre   
            Produção Orgânica de Bovinos de corte. 2 15/10/2002 – Via Internet



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