O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera começar ainda este ano os preparativos para a realização de um grande concurso público, abrangendo as áreas de fiscalização e apoio. O órgão aguarda do Ministério do Planejamento autorização para contratar 2.931 profissionais, para conter o déficit em algumas funções e em outras pôr em prática a regionalização da pasta. A pasta, comandada pelo ministro Mendes Ribeiro Filho, tem a intenção de contratar 962 fiscais agropecuários, sendo 794 com formação em Medicina Veterinária, 44 em Agronomia, 41 em Farmácia, 91 em Química e duas em Zootecnia. Os rendimentos iniciais são de R$9.986,59.
Em nota publicada no site do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Wilson Roberto de Sá, presidente da entidade, alega que houve acréscimo de 340% no valor das exportações e por causa disso seria necessário aumentar no mínimo em 46% o efetivo atual de cerca de 3 mil fiscais. O dirigente ainda lembrou que a defesa agropecuária nacional passou mais de 21 anos sem realizar concurso público e os realizados em 2001, 2004 e 2006 apenas solucionaram parte do problema. Nessas seleções, entraram aproximadamente 1.400 fiscais.
Os fiscais agropecuários entraram em greve na última segunda-feira, dia 6, para reivindicar reposição salarial de 22,08%, realização de concursos públicos e criação de uma escola de formação de fiscalização. Para área de apoio, o Ministério da Agricultura quer a contratação de 1.969 profissionais, sendo 220 para auxiliar de laboratório, que requer o nível médio (antigo 2º grau), e 385 para técnico de laboratório - médio, com formação especializada na área. Os vencimentos são de R$3.367,70 (salário-base de R$1.827,70 e gratificação de R$1.540) e de R$5.278,26 (incluindo R$2.916 de gratificação), respectivamente.
As outras 1.354 oportunidades requeridas são para o cargo de agente de inspeção, cuja remuneração é de R$5.278,26, sendo R$2.362,26 de salário-base e R$2.916 de gratificação de desempenho (80 pontos). Para candidatar-se a função é preciso ter o nível médio.
Folha Dirigida - 09/08/2012
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